A Palavra de Deus em Família - 05/04/23 - Mateus 26,14-25.
Jesus se apresenta como o Novo Cordeiro do Novo Êxodo, da Nova Páscoa, celebrada no mesmo dia memorial, não mais com as Doze Tribos de Israel, mas com a Igreja, os doze apóstolos convocados para serem este novo Êxodo, a sempre nova aliança, a sempre nova esposa do Cordeiro, a Igreja em Saída (cf. Apocalipse 21,9-14).
Judas não aceita esse tipo de páscoa, de contínuo novo Êxodo onde o próprio Jesus é a vítima, o Cordeiro, alimento libertador do povo caminhante, imolado e devorado pra sempre pela própria Igreja.
Então resolve acabar com esta renovação da Aliança, resolve trair Jesus em seu intento salvador incompreensível e vendendo-lo por trinta moeda de prata aos chefes religiosos e políticos judáicos que escravizam o povo com a Velha Aliança transformada em religião de poder político massacrante com o Império Romano.
Trinta moedas de prata não é o preço de um cordeiro, mas é o preço de um escravo na época.
A partir desta atitude de Judas começa a angústia e o sofrimento, a desconfiança de Jesus para com seus próprios supostos amigos e discípulos da renovação do Êxodo da Nova Aliança (cf. Mt 26,20-21).
A grande pergunta que se repete em cada um de nós ao longo da história da Igreja é sobre a afirmação de Jesus: "Um de vocês há de me trair". E nós traidores continuamente o retrucamos "Serei eu, Senhor"? (Mt 26,21-22).
O inimigo é aquele já declarado que não faz parte do meu grupo. Por isso, a traição só pode vir de um amigo de confiança que come e bebe comigo o mesmo projeto de vida "Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá" (Mt 26,23).
Cada um de nós, examinemos a própria consciência. Nós que não aceitamos o contínuo Novo Êxodo, a contínua conversão e saída celebrativa da Nova Aliança, da "Igreja em Saída" do Papa Francisco e repitamos com Judas: "Mestre, serei eu" (Mt 26,25).
Baltazar Dias 91 9 9810 - 8219
Cursos de Interpretação e Espiritualidade do Evangelho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário