A Palavra de Deus em Família - 08/04/23 - Mateus 28,1-10.
"DEPOIS DO SÁBADO, quando amanhecia o primeiro dia da semana..." (Mt 28,1).
Sábado para o judaísmo é o dia sagrado, quando Deus termina a criação de todos os seres inclusive do primeiro homem e da primeira mulher, diferente dos animais em geral, criados únicos para se multiplicarem a partir da família, e descansa (cf. Gn 2,1-3).
Na ressurreição, depois da era da criação sabática que termina na morte, no sepulcro, na volta ao barro, Jesus inicia a nova vida, a nova criação com a ressurreição, a nova Luz.
A pecadora Maria Madalena e a outra Maria (e todas as Evas e Marias do mundo) voltam e ainda estão voltadas para o sábado, para o sepulcro da natureza criada e a saudade da morte.
Porém são pegas de surpresa por uma nova Luz, um relâmpago, um tremor, um novo anjo, um novo ANÚNCIO de LUZ, uma nova criação contra o medo, contra a morte, a favor da nova vida eterna:
"Não tenhais medo"... O velho homem Jesus crucificado, agora definitivamente com a ressurreição, tornou-se o novo homem, o Cristo. Ele não está mais neste tempo, na terra, no sepulcro. Ele ressuscitou como havia dito (pela força de sua sempre nova Palavra) (cf. Mt 28,5-6).
Com esta mesma força deveis gerar, parir a nova vida, o novo anúncio: "Ide depressa contar..."
"Correram com grade alegria..." Mas ainda estão com medo e voltadas para o Jesus morto, ainda abraçam os pés de Jesus como no costume de ungir os mortos (cf.Mt 28,8-9; Lc 7,38; João 12,3).
Jesus insiste no "não tenhais medo e o lugar da coragem e do início da missão revolucionária é lá onde tudo começou, na Galiléia dos pobres e pagãos, dos marginalizados e corajosos messias. "Lá eles me verão" (cf. Mt 28,10).
No contexto das 'Galiléias' de hoje é que podemos ver e anunciar o Ressuscitado no meio do povo. Do contrário estamos ainda voltados para uma liturgia saudosista, uma memória morta de ungir os mortos.
Baltazar Dias 91 9 9810 - 8219
Cursos de Interpretação e Espiritualidade do Evangelho.
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